Aos Conhecimentos das Castas de uvas (Cepas)
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Segundo capítuloAos Conhecimentos das Castas de uvas (Cepas).
Amigos amantes dos vinhos! Estou de volta para mais um capítulo! Obrigados a todos que deixaram os likes, e os não likes. Isso incentiva muito em continuar levando, mais informações e conhecimentos para todos vocês.
Palavras importantes e significado: Cepa ou Casta: (Nome da Videira). Vitis vinífera: (do latim vinha ou videira). Dionisio: (Deus grego do vinho). Baco: (Deus romano do vinho). Enotria: (do grego terra dos vinhos).
Este capítulo é importante para os amantes de vinhos! Entender os nomes de castas videiras, suas proveniências e características. Na verdade, a Cepa se resume a Gosto! leva o consumidor as suas preferências. Paladar e olfato interagem entre eles deixando as preferencias memoriais degustativas afinadas com aqueles tipos de uvas e vinhos, direcionando os nossos gostos e automaticamente a tendencia de consumo.
Castas de Uvas ou (CEPAS)
A vinha! (Vitis vinífera) evoluiu nos tempos! no início era uma planta selvagem (Tipo Arbusto) que ramificava em volta de outras arvores se beneficiando dos ramos destas para desenvolver e sustentar os próprios frutos. Ela sempre foi presente! acompanhando a evolução dos seres humanos, nas Histórias, nos contos das civilizações, (Antes Cristo e Post Cristo). As videiras estão presentes desde sempre. Todas as Cepas têm origem na Europa e nas regiões mediterrâneas. Os Gregos e Romanos veneravam o Dionisio e Baco Deuses dos vinhos, relatando com seus historiadores mitológicos os efeitos dos vinhos, as alegrias e inebriações, que proporcionavam.
Mas estudiosos históricos dizem que os Egípcios foram os primeiros a exercer a prática enológica. Os Gregos produziam o vinho ao sul da Itália e chamavam a Itália de Enotria (terra dos Vinhos). Sê presume que desde o início da descoberta da videira! no mundo existam mais de 6.000 castas (Cepas); que foram identificadas ao longo dos anos. Chegando na época medieval recebeu um grande impulso graça aos monges e a Igreja se começou um verdadeiro estudo mais específico sobre vinhos, cervejas e destilados.
A partir dos anos de 1720 teve uma grande mudança comercial e de tendencia de consumo. O vinho que antes era consumido dentro do ano da colheita, e com a aproximação da nova safra perdia o seu valor comercial, começou através de alguns produtores Franceses introduzir e produzir vinhos envelhecidos de qualidade. Com esta tendencia nos mercados da Europa se começou o desenvolvimento e melhorias das cepas e tipologia de vinificações. Mas o tempo foi cruel e na Europa chegou a grande devastação das videiras. Nos anos de 1860/65 apareceu nas colheitas de uvas a filoxera (tipo de pulgão), Oídio, Míldio que matam as videiras.
Se levou mais de 35 anos para resolver este problema seríssimo que dizimou muitas castas (Cepas) até então conhecidas e estudadas. O problema se resolveu enxertando as videiras com Cepas americanas trazidas de volta, imunizando assim as videiras destas pragas.
Elencando as Cepas ou Castas
Irei elencar as castas mais conhecidas no mundo, mas só para vocês entenderem o tamanho deste mundo, faço exemplo ao meu país natal a Itália que tem cerca de 400 cepas autóctone, um recorde mundial absoluto. No mundo as Cepas nativas representam um patrimônio importante genético e proporcionam vinhos de qualidade original.
Cabernet Sauvignon:
Videira Francês, originaria da região de Bordeaux! Ela é considerada a cepa mais prestigiosa no mundo, se expandiu na Europa a partir do século VIII e no mundo no século XVII, hoje ela é presente nos maiores países produtores de vinhos Exemplo: Europa, Chile, Nova Zelândia, África do Sul, Austrália, Estados Unidos etc.
Cabernet Franc:
Videira Francês, originaria da região de Bordeaux! (província de Gironda); a sua expansão na Europa é a partir do século VIII e no mundo no século XVII, Ela não obteve o mesmo sucesso do Cabernet Sauvignon! devido à falta de Taninos e acidez. A cepa é muito indicada para cortes com outras cepas, oferecendo aos vinhos produzidos aromas frescos e frutados de frutas maduras. No passado esta Cepa! era confundida por muitos com a Carmenére.
Merlot:
Videira Francês, originaria da região de Bordeaux! Esta casta vinificada sozinha ela tem um sabor macio frutado e o vinhos tem que ser prevalentemente consumido jovens! Mas ela é! o segredo na produção dos grandes vinhos! tipo: Saint-Émillion, Pomerols. A cepa teve sua expansão na Europa é a partir do século XVII, no mundo no século XIX. Está presente hoje em quase todos os territórios produtores de vinhos.
Zinfandel:
Videira consagrada como a única de cepa Americana! Todos os vinhos americanos são produzidos de Cepas europeias, Mas O Zin! é o único reconhecido como americano, a identificação desta cepa e sua origem é misteriosa, tem quem acha que as origens desta cepa, foi introduzida por imigrantes italianos nos anos 1845/55. Originaria da região do primitivo sul da Itália, a Cepa é muito antiga e conhecida como (Dalmite). Estas suposições não puderam ser comprovadas! A casta Zinfandel produz vinhos branco, Rosé e tinto, este último o mais conhecido, pela coloração frutada e apimentada que aparece e aumenta com o envelhecimento dele. Os vinhos produzidos são de ótima qualidade.
Malvoise/Malvasia:
No cultivo desta casta, prevalece a de tipos de uvas brancas, que são encontradas em vários lugares da Europa, mas existe também a de uvas tintas, menos difusas, mas também bem-conceituadas. Hoje no mundo ela também esta presente em quase todos os territórios produtores de vinhos.
Barbera:
Casta originaria da Itália! Hoje é produzida na Itália e na Califórnia (EUA). Ela representa o 50% da produção dos vinhos produzidos em Piemonte (Itália). Na Califórnia ela teve uma ótima aceitação, utilizada para cortes junto outras castas desenvolveu vinhos de ótima qualidade. O vinho produzido é de cor cereja, é rico em cor e corpo, com muitos ácidos presentes ela torna-se apropriada para ou envelhecimento.
Riesling:
Esta Videira se desenvolveu muito bem na Alemanha ao longo do Rio Reno, nos conhecidos vinhedos do Mosel. Na França na Alsácia planície entre o rio Reno e as montanhas dos Vosges. Na Áustria acompanhando o longo caminho do rio Danúbio. Na Itália ao norte. É uma Cepa de uvas Branca considerada clássica, resistente ao frio, gosta das encostas montanhosas, e produz vinhos de cor amarelo palha, jovens ou envelhecidos, adocicados ou secos com muito equilíbrio na acidez e doçura. No novo mundo está presente na California EUA, Nova Zelandia e Austrália.
Sauvignon Blanc:
Sauvignon Blanc é uma casta clássica hoje! mas antigamente não era tão valorizada como tal. Originaria da França, ela se destaca por produzir vinhos brancos de cor amarela dourada com um intenso perfume de frutas maduras e flores macios e aveludados levemente aromático e delicados. Hoje ela é onipresente no mundo. Na Califórnia EUA e na Nova Zelândia se obtiveram ótimos resultado no plantio desta cepa. Mas ainda resta enraizado em quase todos os apreciadores destes vinhos a procura das origens em Bordeaux e nos lindos vinhedos do Loire.
Tempranillo:
O Tempranillo se presume que a origem desta casta venha da Borgonha, onde no antigo passado era até confundida com o Pinot Noir, mas não existe confirmação histórica. Esta cepa nos tempos encontrou uma adaptação climática favorecida ao longo de toda a península Ibérica, tornando-se a primeira em termos de importância no cultivo Espanhol. Padrão da maioria dos vinhos tintos Espanhóis, e cultivada nas regiões de Rioja Alta, Rioja Alavesa e nas Ribeiras do Douro. Encontramos ela também na catalunha, dando origem a vinhos Crus importante desta região. A casta da um vinho colorido, com baixa acidez e pouquíssimos taninos, vem reagindo bem ao envelhecimento em carvalho. As vezes cortada com outras cepas tipo cabernet Sauvignon e Mazuelo. Se obtêm ótimos vinhos. Hoje a produção desta casta prevalece na Espanha, em quantidades limitadas no Portugal e na Argentina. Lembrando que em Portugal ao longo do rio Douro para produzir o típico vinho do Porto e ótimos vinhos de mesa.
Nebbiolo:
Esta casta! eu considero entres uma das melhores no mundo, pois ela dá origem a dois grandes vinhos Italianos: O Barolo e o Barbaresco. Esta casta cria vinhos vermelhos, não muitos intensos! de sabor fresco e encorpado, valorizando os tânicos. A região de maior cultivo é o Piemonte, nos vales das Langhe, área ao Noroeste da Itália, próximo a França. Esta casta raramente é cultivada fora da Itália.
Pinot Noir:
Esta cepa gosta de climas frescos, é dos grandes vinhos tintos da Borgonha, cortada com outras castas produz grandes vinhos na região de Champagne. Ela é cultivada em outros países (Estados unidos, Australia, Chile, Argentina, Itália) mas fora da França ainda não alcançou a sua grandeza. O gosto da Pinot Noir muda conforme suas técnicas de Vinificação. Os vinhos mais leves são macios de cor rubi claro tendentes ao amargo bastante alcoólico. Os vinhos mais robustos são tendentes a cor cerejas desbotada, amadeirado e denso com toques de frutas maduras.
Muscat:
Com certeza esta casta é uma das mais antigas no mundo, conhecida e falada nos contos Gregos e cultivada na Grécia. Os próprios gregos a levaram para Enotria (Itália) para o plantio e produção local. Na península italiana com o império Romano se espalhou pelo sul da França, Espanha. Esta cepa tem ao redor de 200 famílias, de uvas brancas, rosadas e tintas, mas todas tem um único gosto inconfundível. Hoje as maiores produções são na Itália e Espanha com os respectivos nomes: Moscato e Moscatel. A videira está evoluindo do mercado mundial e chegando no território Australiano com uma boa aceitação.
O Shiraz! Esta casta alguns acreditam que vem da cidade da antiga Pérsia, Schiraz. Outros afirmam que é originaria da cidade de Siracusa Itália. Ao certo nada foi comprovado historicamente; para mim a origem é francesa! sabemos ao certo que a Cepa, na Itália e na França, está presente desde o século XIX. Esta Cepa desafia todos os vinicultores produtores, especialmente quando é utilizada sozinha a vinificação é muito meticulosa e tem uma terminação de envelhecimento em barris de carvalho, estes custos são justificados só quando ela se torna titulada com a denominação de Hermitage. Hoje ela se encontra em vários lugares do mundo; Australia, Argentina, Chile, África do sul, Estados unidos etc. na maioria ela é utilizada mais como corte; uma ótima combinação destes cortes! é com o Cabernet Sauvignon.
Gamay:
Casta francesa! Do qual é obtido um dos vinhos tintos mais leves produzidos no mundo. De cor vermelho carregado acompanhado da uma boa acidez, perfuma a frutas maduras. Ela é usada para a produção dos Beaujolais, conhecida como Gamay Noir participa com muita importância na evolução de Vinhos importantes, crus do Beaujolais.
Para terminar, e não deixar este capítulo tedioso e pesado! irei só elencar algumas outras Castas, pois tenho certeza de que o citado é suficiente para intender e imaginar as inúmeras variedades de Cepas ou Castas que existem.
Outras Cepas ou Castas:
Gewurztraminer, Chardonnay, Bonarda, Corvina Veronese, Malbech, Montepulciano, Encruzado, Primitivo, Negro Amaro, Pinot Blanc, Pinot Gris, Steen, Refosco, Touriga Nacional, Tricadeira, Trebbiano, Aleatico, Palomino, Grenache, Alvarino, Tokaji (Furmint/Hárslevelu), Chenin Blanc, Prosecco(Serpina), Sangiovese, Tocai Friulano, Verduzzo, Mourvédre, Aligoté, Aragonez, Touriga franca, Tanat, Sémillon, Nero d´Avola, Pecorino, Refosco, Traminer, Vespaiolo, Garganega, Rondinella, Molinara, Carmenére, Fumé Blanc, Pinot Blanc, Cinsaut, ect. ect.
Niterói, 12 de fevereiro de 2024.
Gianni Volpato.
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